quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

O menino de outro planeta

Um dia conheci um menino de outro planeta. Veio num disco voador, desses não identificados, mas brilhantes, e pousou na janela do meu apartamento. Era um óvni pequeno, meio esquisito e fiquei ainda mais espantada quando ele saltou de lá. Era um menino assim, bem parecido com os terráqueos. E falava a minha língua.
Achei que estava sonhando e ele adivinhando meus pensamentos disse que não. Para mostrar que eu não estava errada colocou umas músicas pra eu dançar. Eu que não sou muito de duvidar, aceitei. Fazer o que se ele decidiu pousar justo na janela do 17º andar?
Ele me disse que tomava banho de água mineral junto com uns peixinhos que teimava em não comer. Lia uns livros esquisitos com cheiro de incenso e mofo que eu não pude deixar de reparar, mas até que gostei.
Fez cara de mau, mas eu logo saquei que aquilo era só pra se proteger de nós terráqueos. Eu disse que não acreditava naquela casca dura e rimos abraçados. Ordem, muita ordem era do que ele gostava. Um dia queria até por ordem no mundo! Aí eu disse: “Ah, deixa isso pra lá! Vai dar muito trabalho. Aceita as coisas que não podem mudar”. Não sei se ele me ouviu, mas achamos melhor ir comer sanduíche. Por falar em comida, ele ficou extasiado com sorvete de flocos e eu nem achei estranho, porque sorvete é bom mesmo.
Um dia cheguei em casa e ele estava meio penseiro, pensando em se mudar. Se um dia ele sumir, não preciso nem procurar. Vai estar na Índia, velhinho, vagando por algum lugar.
Ah, menino de outro planeta, deixa de história, vem cá me abraçar!

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Um comentário:

Renatim Pirei disse...

Quisera eu escrever dessa forma. Alienígena de muita sorte eu diria. Marcaria para mim o numero 17 de um certo prédio na rua 3. Ah se marcaria...