Naquele dia sentiu tanta saudade que seria capaz de tocá-la, assim como tocamos coisas materializadas. Pensamentos, sorrisos e um gosto de passado vieram à tona. Lembrou-se de cada momento, de cada encantamento. Achou que não poderia encontrar o por que de tudo isso ter começado, mas também não achou a razão de ainda não ter terminado.
Tentou ler, escrever, comer, olhar pela janela, mas nada fez com que passasse a saudade. Se odiou e se amou por isso. Não dava para ligar e não tinha palavras para um e-mail. Nada resolveria.
São essas coisas que devem ser esquecidas, mas que insistem em durar na memória.
“Aonde está você?
Por que é que você foi?
Não quero te esquecer
Mas já fiquei tão longe, longe
Não dá mais pra voltar
Eu nem me despedi
Aonde é que eu vim parar?
Por que eu fiquei tão longe, longe, longe, longe”
(Arnaldo Antunes)
Para ouvir: http://www.youtube.com/watch?v=KxQF00oT3dU&feature=related
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Heleno – a intensidade em cena
Há 12 anos
Um comentário:
Amei o texto.
Amei o link.
bjim
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