segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Alguém me explica?

A imprensa, tanto escrita quanto televisiva, não pára de noticiar a precariedade dos Conselhos Tutelares de Goiânia. Nos seis conselhos da Capital falta de tudo: materiais de limpeza, mobiliário, computadores com Internet, telefones, carros e gente para trabalhar.
Segundo a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que trata do Estatuto da Criança e do Adolescente, Artigo 131: “O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos nesta Lei”. E, mais adiante, no Parágrafo único diz: “Constará da lei orçamentária municipal previsão dos recursos necessários ao funcionamento do Conselho Tutelar”.
A TV Anhanguera fez uma entrevista ao vivo com o Secretário Municipal de Assistência Social de Goiânia, Walter Pereira da Silva, sobre o assunto. Ele disse que o problema dos carros já está resolvido, que os veículos chegam até o fim da semana (aguardemos). Quanto ao mobiliário, disse que não sabe o que está acontecendo, porque os Conselhos já foram reformados e ganharam móveis novos (contrariando tudo o que vimos na imprensa nos últimos tempos).
Mas o pior viria quando perguntaram ao nosso digníssimo Secretário como ele explicava a falta de pessoal para trabalhar no Conselho da Região Noroeste. (Deixa eu explicar uma coisa antes da resposta dele: além dos conselheiros, um Conselho Tutelar precisa de no mínimo um psicólogo, um advogado e um assistente social para funcionar.) Então, ele respondeu: “Só falta psicólogo e assistente social”.
Ah, se só falta psicólogo e assistente social tudo bem, né?

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