sexta-feira, 14 de agosto de 2009

“Big Bang”, a criação mágica do universo


Foto: Paulo Brasil

A Cia. Truks (São Paulo) não faz teatro de bonecos, faz mágica em cena. O espetáculo “Big Bang” , como o próprio nome diz, conta a história do surgimento do universo. Não só do surgimento, mas também a história do homem.
Como não deixaria de ser, tudo começa com uma explosão. No palco, uma esfera fosforescente se parte em inúmeras outras. Ao som de uma música instrumental tocada no piano, os pedaços de universo se espalham, até surgirem planetas. Grandes e pequenos eles giram em suas órbitas até que avistamos a Terra. Logo, surgem foguetes, e no rastro de um deles, brinca um boneco como se estivesse numa corda bamba.
As passagens de tempo são marcadas por letreiros. Mas não há uma data exata, apenas indicações como “Iabadabadú” para a Idade da Pedra, “Dilúvio” que simboliza o crescimento populacional e a também a passagem bíblica, “A navegação” onde vemos as conquistas marítimas ou a “Grande navegação” que mostra a conquista espacial.
A trilha sonora é impecável. Músicas instrumentais se misturam às onomatopéias dos personagens. Os manipuladores contracenam com os bonecos. A expressão facial dos atores é sempre muito marcante, como se eles estivessem observando os personagens o tempo todo. Além disso, há partes em que há a interação entre os dois grupos, como durante conquista espacial. O boneco astronauta tenta por tudo chegar até a lua e, para isso precisa de uma ajudinha de um humano.
Logo depois dos planetas no começo do espetáculo, a Cia. Trucks já mostra a que veio. Dois bonecos representam a Idade da Pedra. A descoberta do próprio corpo, do outro e também do prazer. O jogo de conquista é muito divertido, com direito a um tango pré-histórico. E é claro que tudo isso acaba com o nascimento de um bebê. E a partir daí, muitos outros bebês aparecem em cena, na verdade uma explosão de bebês de espuma.
Uma das partes mais divertidas é quando o astronauta tenta chegar à lua. Ele faz de tudo, até mesmo arrumar uma catapulta para impulsioná-lo para que chegue lá. O ajudante dele nessa tentativa é um ator. Além de ajudar fisicamente, o humano utiliza algumas placas durante a cena. “Rew” para que o bonequinho volte para a catapulta, “FF” para que o astronauta voe mais um pouco, e “Stop” para que ele pare em cima do satélite da Terra.
Há também cenas em que a companhia utiliza tecnologia, como quando o homem moderno cai dentro da televisão. É uma tv de verdade e, uma animação, faz com que tenhamos a impressão de que os atores, que estão ao redor do aparelho, manipulam o boneco que está lá dentro.
Esse é um daqueles espetáculos que deveriam vir em caixinhas de presente e entregues para pessoas especiais.

Veja um pouco do espetáculo aqui: http://www.youtube.com/watch?v=kqcly_8qgGk

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