domingo, 13 de setembro de 2009

Chegou em casa depois de mais um dia exaustivo de trabalho. Caminhou até a varanda para saudar os passarinhos. Mas não havia mais pássaros. A porta aberta da giola denunciava que algo de errado tinha acontecido. Caminhou incrédula pelo jardim. Olhou cada árvore à procura deles. Nada.
Entrou em casa e pode sentir o peso da solidão. As paredes haviam se agigantado, os cômodos estavam maiores, começou a reparar em espaços nunca antes vistos. E lá não havia ninguém.
Sentiu uma buraco abrir-lhe o peito. Algo que comprimia o coração. Deixava a respiração mais curta. As lágrimas rolaram pela face. Queria um abraço.
Correu até o armário e pegou a caixa velha de giz de cera. Desenhou pessoas nas paredes. Assim não estaria mais só.

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Um comentário:

Karine disse...

Preciso comprar uma caixa de giz de cera!
bjo com poesia!