domingo, 28 de setembro de 2008

Sobre o Amor - teatro


Foto: Divulgação
Tochas de fogo traçam um círculo no centro do palco. Quando sobem, iluminam um rosto pintado e as cortinas vermelhas que servem de cenário. Quando descem, iluminam as sapatilhas daquele que descobrimos palhaço. Enquanto escutamos algo que fala de amor.
Dois palhaços, um amor. Um amor que começa assim mesmo, de cara pintada, alma lavada e coração desatento. Eles se encontraram num baile de carnaval. De máscaras, Mário não percebe que beija um homem. Quando descobre, reluta, diz que não é mulherzinha. Mas, já é tarde. Se apaixonaram.
Uma dessas paixões que não tem explicação, que começa ali mesmo, sem mesmo saber o nome do outro e se descobre maior cada vez que se encontram e se conhecem mais um pouco. Tem explicação para o amor de dois homens? Eles se perguntam... Aí, só restam duas coisas, ou deixar que o tempo acabe com ela ou esperar que ela chegue em algum lugar.
Os dois palhaços, Pedro e Mário se entregaram ao amor. E a vida deles se encheu de:
“- Pedro, eu te amo!
- Eu sei disso, palhacinho!”
Pedro era palhaço de circo, tinha o desejo e a necessidade de girar o mundo. Mário era palhaço de rua, pés e raízes fincados num lugar à espera de Pedro. Quando as turnês os separavam, só lhes restavam as cartas. Mas até que ponto poderiam dar publicidade a esse sentimento?
Um dia, sem saber bem onde começou, o ciúme e a tristeza invadiram aquele lar que antes era só de amor. E o relacionamento dos palhaços foi murchando, murchando até que Pedro decidiu deixar Mário. Não sem sofrer, não sem quase morrer de amor, não sem ter o coração em pedaços. Mas ele foi.
Mário começou a beber e não teve mais notícias de Pedro. Não sabia se tinha sido um acidente ou até mesmo a greve dos correios. Desapareceu, sumiu, sem notícias...
Para os pessimistas talvez a história terminaria aí, os otimistas torceriam por um final feliz, para outras pessoas, tanto faria. Mas o final do espetáculo só vai saber quem assistir “Sobre o Amor”, da Cia. Trupicão. A direção e o roteiro do espetáculo são de Sandro Freitas e atuação de Luca de Oliveira e Wesley Maurício. O desenho de luz é de Cláudio Galvão, que por sinal ficou maravilhoso.

P.S: Preparem o lenço!

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2 comentários:

KK disse...

terapia Ice!!!
hehehehehe
bjs

Grupo Trupicão Cia.de Teatro disse...

NOSSA, MAYARA, SÓ AGORA EU LI O QUE VOCÊ ESCREVEU SOBRE O NOSSO ESPETÁCULO. ESTOU MUITO EMOCIONADO COM O SEU COMENTÁRIO. MUITO ORIGADO. SANDRO FREITAS. E O SOB SUSPEITA. QUANDO EU VOU VER? SADRO FREITAS. (sandrotrupicao@hotmail.com)