domingo, 31 de agosto de 2008

Soneto de domingo

Abri o livro ao acaso:

"TALVEZ ferido vou sem ir sangrento
por algum dos raios de tua vida
e a meia selva me detém a água:
a chuva que tomba com teu céu.

Então toco o coração chovido:
ali sei que teus olhos penetraram
pela região extensa de minha pena
e um sussuro de sombra surge só:

Quem é? Quem é? Mas não teve nome
a folha ou a água escura que palpita
a meia selva, surda, no caminho,

e assim, amor meu, soube que fui ferido
e ninguém falava ali senão a sombra,
a noite errante, o beijo da chuva."
(Pablo Neruda)

Um comentário:

KK disse...

Sempre aprendemos com a vida, e com a dor mais do que com a alegria, o problema é que sou muito burra pra entender poesia!!!! (até q rimou, hehehe) Espero que tenha dado tudo certo, de alguma maneira...